Segundo Maduro, voos militares indicam que país está unido civil e militarmente em torno de Chávez
Desde o início do dia, partidários de Chávez vieram de diversas partes do país e se reuniram nas imediações do Palácio de Miraflores para apoiar o governo e o Tribunal Supremo de Justiça, que aprovou o adiamento da posse presidencial.
À tarde, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se juntou à concentração.
Vestido com um traje esportivo vermelho, Maduro subiu no palco principal, enquanto os presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, e do Uruguai, José Mujica, ocupavam seus assentos, assim como outros ministros e autoridades da região.
Depois da chegada de Maduro e do número três do chavismo, Diosdado Cabello, a multidão cantou o hino venezuelano acompanhando uma gravação em que era possível ouvir a voz do mandatário, de 58 anos.
A manifestação contou ainda com o sobrevoo de um avião militar Sukhoi, de fabricação russa.
Segundo Maduro, o voo do caça tinha uma mensagem clara: a de que o país vive uma união cívico-militar a favor do projeto chavista.
— Pedimos desde aqui, comandante, [que fique] tranquilo. Continue sua batalha, que aqui há um povo, um governo e uma Força Armada Bolivariana firme.
Povo na rua
"A revolução, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), pedimos a todos os demais partidos e grupos sociais, saiam às ruas para apoiar a decisão que tomou o Tribunal Supremo de Justiça", disse ontem o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
Milhares de simpatizantes chavistas responderam ao apelo e foram hoje para os arredores da sede do governo venezuelano.
"Hoje o povo está na rua para fazer com que se respeite nossa Constituição, nosso comandante e nosso voto. Não votamos para que mande a oposição, aqui manda a revolução e seu povo", lia-se em uma faixa feita por Rufina Sosa, que há dois anos vive em um refúgio montado pelo governo para desabrigados pelas inundações.
Já Coromoto Soto, uma mulher que viajou de Yaracuy, disse que chegou a Caracas para "dar apoio" ao "comandante" e se declarou orgulhosa de que "o povo soberano" votou em Chávez e o ratifica.
"Ainda há muitas coisas para se fazer com o comandante", defendeu Coromoto.
Quase na saída do Miraflores, Alis Bazán, um taxista que parece um clone do presidente com sua boina e camisa vermelha, disse que veio de Carabobo para apoiar Chávez.
— Sabemos que [o presidente] está doente e que ao sentir este momento de apoio vai ter mais ânimo.
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