sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mancha de petróleo atinge ilha de Louisiana, nos EUA

AFP
Stan Honda/4.mai.2010/AFP
A mancha de petróleo que contamina o Golfo do México atingiu uma ilha de Louisiana, nos Estados Unidos, informou a Guarda Costeira nesta quinta-feira, no primeiro impacto em terra confirmado, após o derramamento de petróleo de uma plataforma naufragada da companhia britânica BP.

A empresa tenta instalar uma cúpula sobre o vazamento para detê-lo.

"As equipes confirmaram que há petróleo na ilha Freemason [...] É na ponta sul das ilhas Chandeleur ", disse Connie Terrel, oficial da Guarda Costeira. As Chandeleur fazem parte da reserva ambiental Breton National Wildlife Refuge, a segunda mais antiga dos EUA.

O responsável pela localidade litorânea de Plaquemines, Billy Nungesser, havia denunciado a chegada das primeiras manchas de petróleo na costa em 30 de abril.

O porta-voz da BP, John Curry, disse que três equipes de urgência foram enviadas à ilha, que fica a 50 km da costa, e estão mobilizando material inflável numa tentativa de capturar parte da mancha.

Enquanto isso, uma estrutura em forma de cúpula destinada a conter o derramamento chegou nesta quinta-feira ao local onde o poço danificado lançou milhões de litros de óleo no Golfo do México.

A cúpula de contenção de cem toneladas, uma construção cilíndrica com um teto em forma de domo e altura de cinco andares, foi transportada no barco Joe Griffin ao epicentro do desastre, a 80 km da costa de Lousiana, disse o suboficial da Guarda Costeira, Brandon Blackwell.

A BP informou que a estrutura vai ser baixada ao fundo do mar nesta quinta-feira, a 1.500 metros abaixo da superfície, para permitir que o petróleo que sai do poço seja bombeado para um barco petroleiro nos arredores.

A trabalhosa tarefa de transportar o domo, descê-lo sobre o vazamento e levar o óleo ao barco levará cinco dias.

BP e Guarda Costeira informam que a operação, que nunca foi tentada com tanta profundidade, não necessariamente evitará o desastre ecológico e econômico que ameaça as reservas ambientais pantanosas e o hábitat pesqueiro.

A empresa, que conseguiu selar um dos três pontos de vazamento, também utiliza submarinos robotizados para monitorar o fluxo do petróleo nos outros dois pontos, perfura um poço de emergência, uma operação que levará três meses para ser completada, lança dispersantes sobre o petróleo e mobiliza uma barreira flutuante para proteger a costa.

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