quinta-feira, 15 de abril de 2010

Reunião dos Bric termina com cansaço e promessas



Brasil, Rússia, Índia e China falam em reformar a ONU e reforçar o grupo


Ricardo Moraes/Reuters
Encontro teve como meta estabelecer uma nova ordem para os emergentes

A segunda cúpula dos países do Bric terminou marcada pelo cansaço dos participantes e com as promessas, e a vontade, das potências emergentes conseguirem mais espaço nas relações internacionais.

Logo após o encontro fechado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o russo Dmitri Medvedev, o chinês Hu Jintao e o premiê indiano Manmong Singh, os líderes destacaram o papel das potências emergentes na construção de uma nova ordem, “mais justa, representativa e segura”.

O presidente Lula, que está há mais de 12 horas no Itamaraty, lembrou do cansaço:

- Quero falar em pé para mostrar a resistência do presidente numa reunião de dois dias feita num dia só.

Lula se referiu ao fato do presidente chinês antecipar sua volta à Pequim, por causa do terremoto que abalou a China nesta semana.

Em sua fala, o russo Medvedev disse:

- Como disse o presidente do Brasil, estamos todos cansados. Mas as decisões de hoje foram todas tomadas com bom espírito.

O documento final lançado pelo grupo lembra do papel fundamental dos países do Bric na recuperação da economia mundial após a crise econômica e nas negociações no âmbito do G20. A declaração conjunta pede a reforma da ONU e mais espaço para Brasil e Índia na instituição, embora sem citar a pretensão brasileira de ter um assento permanente no Conselho de Segurança.

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