quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Avião da Boeing é proibido de voar por agência reguladora dos EUA

Mais novo avião comercial do mundo apresentou várias falhas.
Linhas aéreas de outros países devem suspender operações com o 787.



O avião comercial mais moderno em operação, o 787 Dreamliner da Boeing, foi proibido de voar nesta quarta-feira (16) pela agência que regula a aviação nos Estados Unidos, a FAA.
A proibição vale até que seja esclarecido um defeito, associado a baterias elétricas usadas no avião, e foi tomada depois que um 787 da Air Nippon Airways realizou um pouso de emergência.
Os dois pilotos, últimos a abandonar o avião, ficaram preocupados com um alerta sobre superaquecimento de uma bateria, e um cheiro de queimado no cockpit. Problema semelhante ocorrera há poucas semanas com outro avião do mesmo tipo nos Estados Unidos, também operado por companhia japonesa.
As duas operadoras japonesas já haviam mantido nesta quarta-feira os aviões no chão. Com a proibição da FAA, dirigida a empresas americanas, linhas aéreas de outros países devem suspender operações com o 787, pois costumam seguir recomendações feitas pela agência reguladora dos EUA.
Mais do que os outros modelos da própria fábrica, o funcionamento de vários sistemas do 787 depende de sistemas elétricos, que fazem funcionar bombas hidráulicas, freios, pressurização e superfícies anticongelantes.
Para garantir que tudo funcione no caso de parada das turbinas, o avião precisa de baterias de grande capacidade. A Boeing decidiu-se por baterias do mesmo tipo, usadas em telefones celulares e laptops. No caso do avião, pesam mais de 30 quilos cada uma das quatro a bordo e, como também acontece com celulares, aquecem quando fornecem energia muito rápido ou sofrem sobrecarga.
As baterias sob suspeita são fabricadas no Japão, que recebeu os primeiros super aviões da frota de 50 voando no mundo inteiro. A agência reguladora americana está investigando o 787 e, se concluir que as baterias são um perigo, a Boeing teria que redesenhar o avião.
Os sistemas elétricos, do qual fazem parte as baterias, junto de novos materiais empregados nas asas e fuselagem, foram os principais recursos da Boeing para diminuir peso e tornar o 787 mais eficiente.
A possibilidade de o avião ter que sofrer modificações estruturais, além dos atrasos na entrega dos primeiros modelos, fez com que as ações da Boeing sofressem nos mercados.  O presidente da Boeing, Jim McNerney, disse que confia na segurança do 787 e que espera dar uma resposta rápida aos incidentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário