quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Obama já votou e Romney tem um plano

Obama regressou a Chicago
Obama regressou a Chicago
Reuters
Barack Obama regressou hoje a Chicago, cidade onde cresceu e entrou para a política, para votar antecipadamente, com o intuito de mobilizar eleitores dos estados onde não é necessário esperar pelo dia 6 de Novembro para escolher o próximo presidente dos EUA.
A máquina democrata julga que o voto antecipado beneficia Obama, algo que pode criar uma onda de entusiasmo parecida com a de 2008.
A maioria das sondagens dão um empate técnico entre o candidato democrata e o rival Republicano Mitt Romney, mas a tendência desde o primeiro debate televisivo em Denver, a 3 de Outubro, é de crescendo para o ex-governador do Massachusetts. A última sondagem da Gallup atribui-lhe mesmo uma vantagem de 7%.

Obama num rebuliço


Obama responde com dias de campanha intensiva. Ontem, ao final da tarde, esteve num comício em Las Vegas, de onde partiu para a Califórnia, onde foi o convidado da noite no programa televisivo de Jay Leno.
Às 23h reentrava no Air Force One, dormindo a caminho da Florida, onde chegou hoje, precisamente, às 6h43.
Após vários eventos (comício e reuniões de recolha de fundos), viajou para o Ohio, onde se juntou a apoiantes na cidade de Cleveland.
O estado do Ohio é o principal "Swing State" (estados com eleitorado oscilante, que tanto vota republicano como democrata, dependendo do ciclo eleitoral). Desde o início da campanha, Obama e Romney já viajaram mais de 50 vezes até lá.
É fácil perceber o porquê da relevância do Ohio. Obama tem hoje garantidos 237 delegados no Colégio Eleitoral (organismo que elege oficialmente o Presidente dos EUA), contra 191 de Romney. Quem conquistar 270, de um total de 538, vence.
Caso triunfe no Ohio (18 delegados) e no Wisconsin (10), outro dos estados com forte ligação à indústria automóvel, que Obama reclama ter salvado após a crise de 2007/2008, o candidato democrata somará 265, ficando à beira da vitória.
Resta-lhe vencer o Iowa, que elege sete delegados, estado onde sempre liderou as sondagens.

Programa de Romney para os primeiros 200 dias de Governo


"Se é bom para o Presidente votar cedo, também é bom para qualquer americano", explicou Jennifer Psaki, num email enviado à imprensa, a partir da sede de campanha de Obama em Chicago.
A cerca de 2000 quilómetro dali, no quartel-general republicano, em Boston, não se falava de voto antecipado, mas do "Readiness Project", um plano que estará a ser levado a cabo para definir quais os principais membros de uma futura administração Romney, assim como o teor do programa de Governo para os primeiros 200 dias.
Mike Levitt, ex-secretário dos serviços humanos e de saúde do Presidente George W. Bush, será o arquitecto do plano.
Membros do staff de Mitt Romney não confirmam nem desmentem a existência do "Readiness Project", explicando que falar, antecipadamente, de eventuais planos de Governo pode ser mal interpretado pelo eleitorado.
"Uma coisa é certa: tenho a certeza que a primeira decisão será a de revogar a Obamacare (reforma do sistema de saúde)", afirma, ao Expresso, um congressista republicano.

Colin Powell acusa Romney de inconsistência e apoia Obama


Nas últimas horas, Obama agradeceu o apoio de Colin Powell, que serviu o último presidente republicano George W. Bush.
O general e ex-secretário de estado explicou, esta manhã, numa entrevista à televisão CBS, que não podia apoiar Mitt Romney, visto que o candidato conservador "não tem uma posição consistente" em matéria de política externa.
Ao invés, Powell valorizou os esforços de Barack Obama no Afeganistão e na luta contra o terrorismo. "Acho que devemos continuar no caminho em que estamos. Votei nele em 2008 e quero continuar com ele em 2012".

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/obama-ja-votou-e-romney-tem-um-plano=f762362#ixzz2AMXH5yd7

Nenhum comentário:

Postar um comentário