Barack Obama
regressou hoje a Chicago, cidade onde cresceu e entrou para a política,
para votar antecipadamente, com o intuito de mobilizar eleitores dos
estados onde não é necessário esperar pelo dia 6 de Novembro para
escolher o próximo presidente dos EUA.
A máquina democrata julga que o voto antecipado
beneficia Obama, algo que pode criar uma onda de entusiasmo parecida com
a de 2008.
A maioria das sondagens dão um empate técnico entre o
candidato democrata e o rival Republicano Mitt Romney, mas a tendência
desde o primeiro debate televisivo em Denver, a 3 de Outubro, é de
crescendo para o ex-governador do Massachusetts. A última sondagem da
Gallup atribui-lhe mesmo uma vantagem de 7%.
Obama num rebuliço
Obama responde com dias de campanha intensiva. Ontem,
ao final da tarde, esteve num comício em Las Vegas, de onde partiu para
a Califórnia, onde foi o convidado da noite no programa televisivo de
Jay Leno.
Às 23h reentrava no Air Force One, dormindo a caminho da Florida, onde chegou hoje, precisamente, às 6h43.
Após vários eventos (comício e reuniões de recolha de
fundos), viajou para o Ohio, onde se juntou a apoiantes na cidade de
Cleveland.
O estado do Ohio é o principal "Swing State" (estados
com eleitorado oscilante, que tanto vota republicano como democrata,
dependendo do ciclo eleitoral). Desde o início da campanha, Obama e
Romney já viajaram mais de 50 vezes até lá.
É fácil perceber o porquê da relevância do Ohio.
Obama tem hoje garantidos 237 delegados no Colégio Eleitoral (organismo
que elege oficialmente o Presidente dos EUA), contra 191 de Romney. Quem
conquistar 270, de um total de 538, vence.
Caso triunfe no Ohio (18 delegados) e no Wisconsin
(10), outro dos estados com forte ligação à indústria automóvel, que
Obama reclama ter salvado após a crise de 2007/2008, o candidato
democrata somará 265, ficando à beira da vitória.
Resta-lhe vencer o Iowa, que elege sete delegados, estado onde sempre liderou as sondagens.
Programa de Romney para os primeiros 200 dias de Governo
"Se é bom para o Presidente votar cedo, também é bom
para qualquer americano", explicou Jennifer Psaki, num email enviado à
imprensa, a partir da sede de campanha de Obama em Chicago.
A cerca de 2000 quilómetro dali, no quartel-general
republicano, em Boston, não se falava de voto antecipado, mas do
"Readiness Project", um plano que estará a ser levado a cabo para
definir quais os principais membros de uma futura administração Romney,
assim como o teor do programa de Governo para os primeiros 200 dias.
Mike Levitt, ex-secretário dos serviços humanos e de saúde do Presidente George W. Bush, será o arquitecto do plano.
Membros do staff de Mitt Romney não confirmam nem
desmentem a existência do "Readiness Project", explicando que falar,
antecipadamente, de eventuais planos de Governo pode ser mal
interpretado pelo eleitorado.
"Uma coisa é certa: tenho a certeza que a primeira
decisão será a de revogar a Obamacare (reforma do sistema de saúde)",
afirma, ao Expresso, um congressista republicano.
Colin Powell acusa Romney de inconsistência e apoia Obama
Nas últimas horas, Obama agradeceu o apoio de Colin Powell, que serviu o último presidente republicano George W. Bush.
O general e ex-secretário de estado explicou, esta
manhã, numa entrevista à televisão CBS, que não podia apoiar Mitt
Romney, visto que o candidato conservador "não tem uma posição
consistente" em matéria de política externa.
Ao invés, Powell valorizou os esforços de Barack
Obama no Afeganistão e na luta contra o terrorismo. "Acho que devemos
continuar no caminho em que estamos. Votei nele em 2008 e quero
continuar com ele em 2012".
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/obama-ja-votou-e-romney-tem-um-plano=f762362#ixzz2AMXH5yd7
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