quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Obama chama Romney de "novato" em discurso na convenção democrata

Presidente diz que candidato republicano ainda vive na época da Guerra Fria
EFE

barack-obama
Jim Young/Reuters

Obama relembrou avanços e ironizou rivais em seu discurso em Charlotte

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (6) que seu oponente republicano, Mitt Romney, acredita que vive ainda na época da Guerra Fria e sua política externa levará os Estados Unidos por "um caminho trôpego".
A declaração foi dada em seu discurso de aceitação da candidatura à reeleição pelo Partido Democrata, na convenção que acontece em Charlotte, no Estado americano da Carolina do Norte.
- Não chame a Rússia de nosso inimigo número um, em vez de a Al Qaeda, a menos que continue preso na época da Guerra Fria.

Obama assinalou ainda que tanto Romney como seu candidato a vice, Paul Ryan, são "novatos em política externa".
- Pode ser que não esteja preparado para fazer uma visita diplomática a Pequim se não pode ir aos Jogos Olímpicos sem insultar nosso maior aliado.
A ironia de Obama fez referência às declarações que Romney em Londres, quando questionou se a cidade estava preparada para acolher as Olimpíadas.
O presidente destacou que Romney considerou "trágico o fim da Guerra do Iraque e que não nos dirá como ele acabaria com a guerra no Afeganistão".
- Enquanto meu oponente gastaria mais dinheiro em material militar que nossos comandantes militares nem sequer necessitam, usarei esse dinheiro que não vamos gastar mais na guerra para reduzir nossa dívida e criar emprego, construindo estradas, pontes e escolas.
Obama também elogiou as tropas americanas, "uma geração com a qual estamos sempre em dívida", e assegurou que, após duas guerras que custaram milhares de vidas e quase US$ 3 trilhões, é o momento de investir no país.
Entre as conquistas de seu primeiro mandato em política externa ressaltou a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, e "fortalecemos velhas alianças e forjamos novas para deter a ameaça nuclear". Lembrou também da nova estratégia dos EUA na área do Pacífico perante a crescente influência da China na região.
O candidato à reeleição salientou que em países como Líbia, Mianmar e Sudão do Sul, os EUA contribuíram para o avanço dos direitos humanos e a dignidade de seus cidadãos, não importando se são mulheres, homens, cristãos, muçulmanos ou judeus.
No entanto, assinalou que os desafios continuam para deter as conspirações terroristas e as aspirações nucleares do regime iraniano.
Por outro lado enfatizou seu compromisso com aliados como Israel e desejou que as mudanças alcançadas no mundo árabe se definam "não pela mão de ferro de um ditador", mas pelas "esperanças e aspirações" dos cidadãos.

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