quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sete morrem em ataque a TV na Síria

Líbano — Homens armados invadiram a sede de uma emissora de televisão pró-governo da Síria na manhã de ontem, matando sete funcionários e sequestrando outros, além de promoverem a demolição de alguns prédios. O governo responsabiliza grupos terroristas pelo ataque e descreveu os assassinatos como um “massacre”. Um fotógrafo da Associated Press, que esteve na sede da emissora Al-Ikhbariya, disse que cinco edifícios pré-montados onde funcionavam escritórios e estúdios ruíram. Segundo ele havia sangue no chão e pedaços de madeira ainda estavam queimando. Algumas paredes tinham buracos feitos por disparos de arma de fogo. A Al-Ikhbariya é uma emissora privada de propriedade de partidários do regime do presidente Bashar Assad. Jornalistas ligados ao governo têm sido atacados durante o levante contra Assad. “O que aconteceu hoje foi um massacre”, declarou o ministro de Informação Omran al-Zoebi aos jornalistas. Ele culpou terroristas pelo ataque, forma pela qual o governo se refere aos rebeldes. A oposição nega que tenha atacado a emissora.

Sanções
Paraguai — O ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse ontem que não deseja que o país seja alvo de sanções internacionais que possam prejudicar a população paraguaia. “O presidente Lugo e seu governo de mudanças não promove nenhuma medida de castigo econômico contra nosso país. Somos conscientes de que as medidas de bloqueio e isolamento acabam sendo prejudiciais para todos os paraguaios”, disse o ex-presidente em comunicado divulgado após uma reunião com líderes da esquerda, numa sede do socialista Partido País Solidário. A declaração de Lugo foi feita um dia depois de o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, ter anunciado o envio de uma missão para o Paraguai para a obtenção de informações sobre a rapidez do julgamento político e da destituição do ex-governante no dia 22 de junho. O vice-presidente Federico Franco deve concluir o mandato, que vai até agosto de 2013.

Ameaça
Iraque — O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, ameaçou ontem convocar eleições antecipadas que podem fortalecer seu poder se as facções políticas do país não conseguirem superar um impasse, que virtualmente paralisou o governo. A jogada de Maliki é o último lance de uma crise política iniciada há meses e que levou xiitas, sunitas e curdos a pedirem sua renúncia. O impasse também gerou temores de que insurgentes aproveitem o momento de turbulência para lançar novos ataques. Em Bagdá, a capital iraquiana, um atentado à bomba que tinha como alvos um clérigo xiita e um militante contrário ao grupo fundamentalista Al-Qaeda deixaram pelo menos 11 mortos ontem.

Greve
Argentina — Hugo Moyano, líder da principal central sindical argentina, ratificou ontem seu distanciamento da presidente Cristina Kirchner, que já foi sua fiel aliada, ao exigir que ela deixe de lado sua “soberba” e atenda aos pedidos dos trabalhadores. O poderoso sindicato de caminhoneiros encabeçado por Moyano e outros grupos sindicais ligado a ele por meio da Confederação Geral do Trabalho (CGT) realizaram uma greve nacional de um dia nesta quarta-feira que teve como ato principal uma mobilização na Praça de Maio, em Buenos Aires, onde o sindicalista fez um discurso cheio de críticas à Cristina.

Decapitados
Paquistão — O Taleban divulgou, ontem, um vídeo no qual mostra as cabeças que, segundo o grupo, são de 17 soldados paquistaneses capturados numa ação na fronteira com o Afeganistão realizada nesta semana. O sangrento ataque mostra que o Taleban paquistanês ainda representa uma ameaça, apesar das ofensivas realizadas pelo Exército. Cada vez mais, os militantes têm usado redutos no leste afegão para atacar áreas de fronteira no noroeste do Paquistão. O Paquistão tem criticado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e as forças afegãs por não fazerem o suficiente para interromper os ataques. O governo afegão e seus aliados há tempos criticam o Paquistão por não atacar os militantes do Taleban afegão e seus aliados, que usam o território paquistanês para lançar ataques no Afeganistão.

Reforma
Estados Unidos — A reforma do sistema de saúde americano, a principal conquista legislativa do presidente Barack Obama, poderá ser mutilada, destruída ou deixada hoje quando a Suprema Corte americana, dominada por conservadores, decide sobre a constitucionalidade da lei. Pesquisas mostram que a maioria dos americanos não apoia a reforma. A principal questão é o chamado mandato individual, que obriga toda a população a adquirir um seguro de saúde. O mandato começaria em 2014, ao mesmo tempo em que a lei proibiria as seguradoras de negar cobertura para pessoas com problemas de saúde. 

Aperto de mãos
Irlanda do Norte — A rainha Elizabeth II e o ex-comandante do Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês) Martin McGuinness trocaram um aperto de mãos ontem, em um aguardado encontro que simboliza a consolidação da paz na Irlanda do Norte, após décadas de violência. A monarca e McGuinness reuniram-se privadamente no Lyric Theater em Belfast, capital da Irlanda do Norte, durante evento artístico. A imprensa foi impedida de registrar o primeiro aperto de mãos, mas os dois repetiram o gesto duas horas depois para a TV.

Nenhum comentário:

Postar um comentário