terça-feira, 15 de maio de 2012

Atentado contra ex-ministro colombiano deixa 2 mortos em Bogotá


Uma bomba destruiu na terça-feira o carro de um ex-ministro colombiano em um raro atentado na capital, Bogotá, matando o motorista e um policial da escolta.
Fernando Londoño, ex-ministro do Interior, ficou ferido e foi internado, mas está fora de perigo, segundo a imprensa local. A TV mostrou o político andando logo depois do ataque, com o rosto ensanguentado, na companhia de um guarda-costas.
Ninguém assumiu a autoria do atentado.
A Colômbia convive há décadas com guerrilhas de esquerda, grupos paramilitares de direita e cartéis de narcotraficantes. A violência diminuiu sensivelmente nos últimos tempos, graças a ações militares contra os guerrilheiros e negociações com os paramilitares.
O presidente Juan Manuel Santos condenou o atentado, dizendo que "este governo não será afastado do rumo por esses ataques terroristas", e prometendo "todas as investigações necessárias para encontrar os culpados". Santos não apontou suspeitos.
O policial morto no ataque era parte da escolta geralmente oferecida pelo governo colombiano a personalidades políticas. Londoño foi ministro do Interior de 2002 a 2004, no governo do presidente conservador Álvaro Uribe, responsável por impor duras derrotas militares às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Londoño hoje trabalha como jornalista, apresentando um programa de rádio e escrevendo artigos em jornais locais.
Uma fonte policial disse à Reuters que duas pessoas de moto grudaram uma bomba no carro de Londoño logo antes da explosão, ocorrida num bairro comercial da capital. Mais de 20 pessoas ficaram feridas pelo atentado.
A guerrilha Farc continua sendo uma força considerável no país, embora esteja enfraquecida e suas ações estejam mais concentradas em áreas rurais. Ataques em Bogotá têm sido raros nos últimos anos.
O último atentado atribuído às Farc na capital foi em agosto de 2010, logo depois da posse de Santos. Houve várias explosões pequenas desde então, sem que ninguém assumisse a autoria.
O atentado contribuiu para uma desvalorização de 1,01 por cento do peso colombiano frente ao dólar na terça-feira, num movimento puxado principalmente por temores de que a Grécia deixe a zona do euro, segundo operadores de câmbio.

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