As potências ocidentais fizeram circular uma proposta de declaração apoiando o pedido do enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para o estabelecimento do prazo até 10 de abril para que a Síria pare com os confrontos e retire o Exército dos centros urbanos, disseram diplomatas franceses e norte-americanos na terça-feira. O embaixador francês na ONU, Gérard Araud, e a embaixadora norte-americana Susan Rice disseram a jornalistas que o projeto de "declaração presidencial" será debatido pelo conselho formado por 15 países nos próximos dois dias.
Annan pediu na segunda-feira que o conselho endosse o prazo. O governo sírio diz que aceitou o tempo determinado. Araud afirmou que a declaração poderá ser aprovada já na noite de quarta-feira. Rice, que é presidente do Conselho de Segurança este mês, afirmou que a declaração tem como objetivo dar "mais apoio às iniciativas do enviado especial conjunto Annan e ressaltar a importância central de o governo sírio aderir ao compromisso de parar com todas as ações ofensivas até 10 de abril".
De acordo com o plano de Annan, se o governo sírio cumprir o prazo, a oposição terá de interromper suas operações militares em um intervalo de 48 horas. Diplomatas ocidentais expressaram ceticismo com relação à credibilidade da Síria, que prometeu várias vezes pôr fim à agressão aos civis, que se opõem há um ano ao governo do presidente Bashar al-Assad, mas não manteve sua palavra.
"Deixe-me dizer que, do ponto de vista dos EUA, e acho que do ponto de vista de muitos Estados membros, o que temos visto desde 1o de abril não é encorajador", afirmou Rice. "Se o governo da Síria usar essa janela para intensificar a violência, isso será lamentável e certamente a nossa opinião será a de que o Conselho de Segurança precisará responder a esse fracasso de uma forma muito urgente e séria", disse ela.
A Rússia apoia o plano de paz de Annan, mas se uniu à China por duas vezes para vetar resoluções do Conselho de Segurança que condenavam a Síria e deixou claro que se opõe à ideia de impor sanções da ONU a Damasco.
Anna falará à Assembleia
A Assembleia Geral da ONU espera ter notícias de Annan no final da semana que vem sobre a sua missão, que tem como objetivo pôr fim à violência na Síria, onde a repressão a cidadãos que são contra o governo tem deixado o país à beira de uma guerra civil. O presidente da Assembleia Geral, o embaixador do Catar na ONU, Nassir Abdulaziz al-Nasser, disse a jornalistas ter sugerido a Annan para que ele fale à assembleia depois do prazo de 10 de abril.
A Assembleia Geral da ONU espera ter notícias de Annan no final da semana que vem sobre a sua missão, que tem como objetivo pôr fim à violência na Síria, onde a repressão a cidadãos que são contra o governo tem deixado o país à beira de uma guerra civil. O presidente da Assembleia Geral, o embaixador do Catar na ONU, Nassir Abdulaziz al-Nasser, disse a jornalistas ter sugerido a Annan para que ele fale à assembleia depois do prazo de 10 de abril.
"Eu mencionei talvez 12, 13 (de abril)", afirmou Nasser, acrescentando que espera uma confirmação de Annan sobre a data em breve. "Ele me disse que o cronograma de viagem dele é muito apertado e ele quer fazê-lo o mais rápido possível." Diferentemente do Conselho de Segurança, que emite resoluções legalmente vinculantes e autoriza sanções ou intervenções militares, as decisões da Assembleia Geral (integrada por 193 nações) não têm força de lei.
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