quinta-feira, 19 de abril de 2012

Candidatos querem conquistar indecisos


Pesquisa aponta que um entre cada quatro eleitores franceses ainda não possui um candidato
Nicolas Sarkozy quer passar pelo primeiro turno e realizar uma nova campanha para derrotar François Hollande em um debate frente a frente / Lionel Bonaventure / AFP
Os principais candidatos à presidência francesa multiplicam seus esforços para conquistar os indecisos, mais numerosos do que o habitual e suscetíveis a optar pelos candidatos da esquerda radical ou da extrema-direita, a três dias do primeiro turno da eleição.

As pesquisas apontam: jamais as intenções de voto esboçaram tão grande avanço de um candidato à presidência francesa nos últimos 40 anos. Mas, raramente, o eleitorado se mostrou tão inseguro em sua escolha.

Segundo pesquisa da Opinion Way Fiducial, um eleitor a cada quatro, ou 6 em 8 milhões de franceses, ainda não decidiu de fato o seu voto para o primeiro turno da eleição no domingo.

Se os potenciais eleitores do atual presidente e o do favorito nas pesquisas, o socialista François Hollande, parecem determinados em sua escolha, os da tribo do radical Jean-Luc Mélenchon, do centrista François Bayrou e da ecologista Eva Joly confessam que podem ainda mudar de opinião.

Esta reserva de escolha desperta a esperança da equipe de campanha de Nicolas Sarkozy, enquanto as pesquisas com resultados negativos aumentam tanto para o primeiro turno, quanto para o segundo, em 6 de maio.

Consciente de que é invariavelmente o azarão do segundo turno (por pelo menos dez pontos), o chefe de Estado tem apenas uma esperança: chegar à frente no primeiro turno e se envolver em uma nova campanha eleitoral entre os dois turnos para derrotar François Hollande, principalmente em um debate cara a cara.

"Os pesquisadores dizem que nunca viram uma campanha tão incerta a tão pouco tempo de sua realização", disse a porta-voz de Nicolas Sarkozy, Nathalie Kosciusko-Morizet. "A proporção de eleitores que dizem que podem mudar de opinião é extremamente elevada", ressaltou em uma entrevista ao jornal Direct Matin.

Outra preocupação para os candidatos: a abstenção. Segundo OpinionWay, ela pode alcançar 26%, enquanto foi de 16% no primeiro turno da eleição presidencial de 2007. O recorde de abstenção no primeiro turno foi em 2002, com uma taxa de 28,40%. Na época, a extrema-direita foi quem surpreendeu ao se qualificar para o segundo turno.

Tal como estão, as pesquisas mostram François Hollande à frente, ou empatado com Nicolas Sarkozy no primeiro turno. Atrás deles, Marine Le Pen com cerca de 15%, Jean-Luc Mélenchon um pouco abaixo e François Bayrou, 10%.

Muitos, inclusive membros da equipe do presidente, já não parecem acreditar. Consciente de que sua esperança de salvação pode vir da extrema-direita, Sarkozy pede para os simpatizantes da Frente Nacional de Marine Le Pen que se afastem das "mentiras" e de votem nela.

"O voto para Marine Le Pen servirá para François Hollande", disse na noite de quarta-feira em Arras. "A responsabilidade de nós republicanos é trazer de volta os que têm se desesperado com os republicanos porque sentem que foram abandonados", declarou.

Já François Hollande fez apelos ao eleitorado do candidato da esquerda radical e revelação da campanha, Jean-Luc Mélenchon. "Podemos olhar para o que nos separa, mas podemos também olhar para o que nos une. Eu estive no mesmo partido de Jean-Luc Mélenchon, então muitas coisas nos unem", afirmou Holland.

Os partidários de Mélenchon, como o secretário nacional do Partido Comunista Pierre Laurent, acreditam que a vitória da esquerda já está "quase ganha" e anunciam que vão pedir que votem em François Hollande no segundo turno, se ele ficar em uma melhor posição.

O otimismo é rigoroso, mas o medo de um "21 de abril, 2002" - quando o candidato da extrema-direita Jean-Marie Le Pen impediu o candidato socialista Lionel Jospin de ir ao segundo turno - permanece vivo. O jornal Liberation acredita que Marine Le Pen, que assumiu as rédeas do partido em janeiro de 2011 e tenta "desdemonizar" sua imagem, continua a ser uma "ameaça".

Seu pai, Jean-Marie Le Pen, que se manteve discreto desde o início da campanha, voltou com declarações ácidas ao comparar o comício de Nicolas Sarkozy, em Paris, ao congresso do Partido Nazista, em Nuremberg. Ele também ligou as iniciais de Nicolas Sarkozy as do nacional-socialismo.
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