O assassino confesso de sete pessoas em Toulouse e Montauban (sul da França) Mohammed Merah foi enterrado nesta quinta-feira na parte muçulmana do cemitério de Cornebarrieu, nos arredores de Toulouse, em cerimônia íntima com a participação somente dos familiares.
O enterro de Merah na França ocorre depois que as autoridades da Argélia rejeitassem, por motivos de segurança, que o sepultamento ocorresse em seu território, como havia solicitado seu pai, que vive nesse país norte-africano.
Cerca de 30 pessoas próximas a Merah assistiram ao sepultamento, que transcorreu em meio a fortes medidas de segurança.
Ao longo de todo o dia havia especulação sobre diferentes opções do enterro do assassino de Toulouse, quem foi abatido na quinta-feira após passar 32h sitiado em seu domicílio nessa cidade.
A família pediu inicialmente que fosse enterrado no povoado em que vive seu pai na Argélia, mas as autoridades alegaram motivos de segurança para impedi-lo.
Outra justificativa era que Merah não tinha dupla nacionalidade, por isso foi suspensa a transferência do corpo, prevista para ocorrer em um avião regular às 8h13 (de Brasília) do aeroporto de Toulouse.
Diante da recusa, a família decidiu por fazer o sepultamento na cidade ao sul da França, o que gerou a rejeição do prefeito, o socialista Pierre Cohen.
O vereador pediu adiamento por 24h do enterro, período em que pretendia buscar outras soluções, por considerar "que não era oportuno que fosse enterrado na cidade alguém que cometeu tantas atrocidades ali".
Na polêmica entrou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que durante uma viagem de campanha para as presidenciais de abril e maio pediu uma solução rápida.
"Ele era francês. Que seja enterrado e que ninguém polemize sobre isto", declarou o chefe do Estado à emissora "BFMTV".
Foi o governador da região que tomou finalmente a decisão de autorizar o enterro de Merah nos arredores de Toulouse.
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