quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Papademos é o novo premiê da Grécia


Novo primeiro-ministro é ex-vice-presidente do Banco Central Europeu

lucas papademos, 700
O ex-vice-presidente do BCE (Banco Central Europeu) Lucas Papademos, de 64 anos, é o novo primeiro-ministro interino da Grécia. A informação foi confirmada por um comunicado emitido pela Presidência do país.
De acordo com o anúncio, "o presidente grego (Karolos Papoulias), após recomendações de líderes políticos, escolheu Lucas Papademos para formar o novo governo".
Papademos vai substituir George Papandreou, que oficializou sua renúncia ontem. O novo premiê vai liderar um governo de união nacional, que vai reunir representantes do atual governo e da oposição.
A missão da nova administração será adotar e implementar os acordos com os sócios europeus para que o país possa seguir recebendo ajuda externa a fim de evitar a quebra, e depois organizar eleições antecipadas.
Apesar de terem levado quatro dias até fechar o acordo e indicar Papademos, os gregos tinham pressa em fazer a nomeação porque a sexta parcela de crédito que a Grécia vai receber da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar a quebra do país, no valor de R$ 19 bilhões (8 bilhões de euros), só será repassada quado o novo governo for estabelecido..
Governo de união nacional
A nomeação de Papademos, que já vinha sendo anunciada há alguns dias, ficou mais clara na tarde de hoje (manhã no Brasil) quando o novo premiê foi visto entrando no Palácio Presidencial para se reunir com os líderes de três partidos, entre eles o socialista Papandreou e o conservador Antonis Samaras, além do presidente da República, Karolos Papoulias.
Papandreou e Samaras entraram em contato nas últimas horas com o ex-vice-presidente do Banco Central Europeu para conhecer sua disponibilidade para ocupar o cargo.
O canal da televisão estatal NET informou que Papademos condicionou sua participação no novo governo à assinatura de ambos líderes de um compromisso sobre a aplicação do acordo do resgate financeiro aprovado em Bruxelas no último dia 26 de outubro, que perdoa 50% da dívida grega e concede um crédito de R$ 312 bilhões (130 bilhões de euros).
Além disso, exige que a ND (partido de Samaras) participe do novo governo e que a data inicial de 19 de fevereiro para as eleições adiantadas possa ser adiada para finalizar as negociações com a zona do euro e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

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