quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Obama ameaça Irã com sanções duras após suposto complô


Na terça-feira, os EUA anunciaram ter desbaratado um plano para matar o embaixador saudita Adel al-Jubeir, envolvendo dois homens ligados às agências iranianas de segurança. Um dos suspeitos foi preso em setembro, e o outro está supostamente no Irã.
Teerã disse que as acusações foram fabricadas para prejudicar suas relações com países vizinhos.
ISOLAMENTO FINANCEIRO
Os EUA já impuseram várias sanções ao Irã por causa do seu programa nuclear, que Washington suspeita estar voltado para o desenvolvimento de armas atômicas. Teerã garante que seu objetivo é gerar energia para fins pacíficos.
O Departamento do Tesouro dos EUA disse que agora está cogitando novas sanções à República Islâmica, tendo como alvo o seu Banco Central, na tentativa de aprofundar o isolamento financeiro do país.
Na entrevista coletiva, Obama disse que os EUA irão continuar a "aplicar as sanções mais duras e a mobilizar a comunidade internacional para assegurar que o Irã fique cada vez mais isolado e pague um preço por esse tipo de comportamento."
"Agora, não retiramos nenhuma opção da mesa em termos de como operamos com o Irã, mas o que vocês podem esperar é que continuaremos a aplicar todo tipo de pressão que tenha um impacto direto sobre o governo iraniano, até que ele faça escolhas melhores em termos de como vai interagir com o resto da comunidade internacional."
Instituições financeiras dos EUA em geral já são proibidas de fazer negócios com qualquer banco do Irã, inclusive o Banco Central. Mas o Tesouro dos EUA disse que novas medidas, se tiverem apoio internacional, isolarão ainda mais a instituição.
O Irã diz que os EUA fazem as acusações para tentar semear a discórdia entre duas importantes potências regionais.
"Não temos problema nenhum com a Arábia Saudita", disse o chanceler Ali Akbar Salehi à rádio estatal nesta quinta-feira. "Embora nossa interpretação dos fatos regionais seja diferente ... espero que os sauditas estejam cientes do fato de que nossos inimigos não querem que tenhamos convergência e cooperação."

Nenhum comentário:

Postar um comentário