Laurent Gbagbo promete reconhecer Alassane Ouattara presidente.
Forças da ONU atacaram casa de Gbagbo nesta terça em Abidjan.

Explosões são vistas em campo militar de tropas leais a Laurent
Gbagbo, em ataque da França e ONU nesta segunda, em Abidjan
(Foto: Luc Gnago/Reuters)
Um porta-voz do presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, disse nesta terça-feira (5) que ele está negociando as condições para deixar o poder no país em crise.O acordo, segundo o porta-voz Ahoua Don Mello, incluiria aceitar uma proposta da União Africana para que o oposicionista presidente eleito Alassane Ouattara assuma o poder e também condições de segurança para si e para seus familiares.
O chanceler da França, Alain Juppé, disse ao Parlamento francês que as negociações estão "próximas" a convencer o presidente a renunciar.
Mais cedo, a casa do governante em Abidjan, principal cidade do país, foi atingida pelo menos 50 vezes por um helicóptero Mi-24 das Nações Unidas. Segundo o ministro das Relações Exteriores Alcide Djedje, que abandonou o regime, o presidente Gbagbo estaria na casa com a família e membros do governo e do gabinete.
A atual onda de violência que tomou conta do país começou em novembro do ano passado, depois das eleições presidenciais. A ONU confirmou a vitória do oposicionista Ouattara no pleito, mas Gbagbo recusou-se a aceitar a derrota, reavivando uma guerra civil que a eleição pretendia encerrar.
Forças internacionais lançaram ataques ao país na segunda-feira, após as tentativas de persuadir Gbagbo a sair pacificamente terem esgotado. Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU autorizou-os a tirar o de arsenal Gbagbo, que estava sendo usado para atacar civis.
Combates assolaram novamente na terça-feira a base militar de Akban, que havia sido alvejada por forças francesas e da ONU.
O porta-voz oficial do governo, Don Ahou Mello, também confirmou que um grande campo militar havia sido destruído durante um ataque de segunda-feira. Mello disse que Gbagbo "ainda está em Abidjan", mas se recusou a especular sobre se ele estava pensando em renunciar.
'Situação dramática'
A situação humanitária em Abidjan, capital econômica da Costa do Marfim, se tornou "absolutamente dramática" para os civis presos em meio aos combates, afirmou a ONU.

"Chegar até a população civil é impossível pelos problemas de segurança", completou Elisabeth, antes de afirmar que corpos estão nas ruas há vários dias.
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