- Gabriela, de 6 anos, foi levada pelo pai no começo de março para o Líbano

Foto mostra casamento de Cláudia com o libanês Pedro Boutros Boutros
A mãe da menina Gabriela, Cláudia Dias de Carvalho Boutros, entrou nesta quinta-feira (12) com um processo de danos morais contra o ex-marido libanês, Pedro Boutros Boutros, que teria sequestrado e levado a filha do casal ilegalmente para o Líbano. Claudia pede uma indenização de R$ 1 milhão, registrada no Fórum de Pinheiros, em São Paulo.
De acordo com o relato da mãe ao R7, Boutros pegou a menina para passar um final de semana, no dia 12 de março, e nunca mais voltou. Segundo ela, o libanês viajou sem portar documentos de identificação (passaporte, certidão de nascimento) originais de Gabriela, que permanecem na sua casa no Brasil.
A criança de seis anos foi localizada pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) no Líbano sob cuidados da família do pai no dia 26 de julho.
Nesta última terça-feira (10), o Consulado Geral do Brasil em Beirute fez contato telefônico com a irmã de Boutros, Dania, e ela confirmou que Gabriela se encontra na cidade libanesa de Trípoli, na casa dos avós e na companhia do pai.
A informação foi repassada pelo Consulado a Claudia via e-mail.
- O Consulado Geral tentou, por diversas vezes, contato telefônico com o Senhor Pedro Boutros, mas não houve resposta (aparentemente, ninguém se encontrava em casa).
Instituições brasileiras têm pouca autonomia no caso
As tentativas de trazer a menina Gabriela para o Brasil possuem um impasse, já que o Líbano não é signatário da Convenção de Haia. Assim, o país não permite que questões sobre a guarda de menores sejam conduzidas pelo local onde possuem residência, neste caso, pelo Brasil.
Desta forma, o Consulado brasileiro no país não tem poder de polícia nem de execução judicial. O máximo que pode fazer é tentar localizar a criança e fazer uma visita consular.
Sob essas condições especiais, Claudia deve contratar um advogado no Líbano. A mãe disse nesta quinta, em comunicado à imprensa, que não possui condições financeiras, mas será assistida pela Associação de Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp).
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