quinta-feira, 6 de maio de 2010

Jornalistas viram alvo de traficantes no México

Região na fronteira com os EUA virou terra sem lei, controlada pelo narcotráfico

Jesus Alcazar - 28.abr.2010/AFP
Foto:AFP
Policiais fazem a perícia em corpos após chacina em Ciudad Juárez, uma das mais violentas do mundo; por medo, jornalistas não assinam reportagens

A violência do narcotráfico, que fez de Ciudad Juárez, no México, uma das mais perigosas do mundo, também ameaça a liberdade de imprensa no país. A área na fronteira com os Estados Unidos tem chacinas diárias. Pelo menos dez pessoas, em média, morrem por dia na região.

A insegurança mudou até mesmo a forma de se fazer jornalismo no local. Por motivo de segurança, a imprensa não investiga os assassinatos. As reportagens policiais não trazem o nome do repórter e nem do fotógrafo. Os bandidos ameaçam jornalistas que publiquem matérias relacionadas a crimes. As emissoras praticam a auto-censura como forma de sobrevivência.

A corrupção e a participação de policiais e soldados do Exército em alguns casos tornam a situação ainda mais dramática. Frequentemente a região é comparada à Colômbia dos anos 1980 e 1990, quando os chefões do tráfico controlavam a vida dos moradores de cidades inteiras.

Os repórteres Heloísa Vilela e Joaquim Leite Neto foram a Ciudad Juárez para mostrar a difícil situação imposta pelos marginais.

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