Duplo atentado suicida ocorreu nesta segunda (29) em Moscou.. Brasileira fala em tensão nas estações
O número de mortos causado pelo duplo atentado suicida, ocorrido nesta segunda-feira (29), no metrô de Moscou, capital da Rússia, chegou a 39, declarou o chefe do departamento de Saúde de Moscou, Andrei Seltsovsky, citado pelas agências France Presse e Associated Press.
Segundo Seltsovsky, uma mulher que estava gravemente ferida morreu em um hospital da capital. Cinco pessoas, das 71 que foram hospitalizadas, estão em estado grave.
O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, disse na noite desta segunda-feira (29) que está sendo considerada uma "pista estrangeira" na investigação do ataque.
"Não descarto, não podemos descartar pista nenhuma", disse Lavrov, que está no Canadá. "Todos sabemos muito bem que há terroristas clandestinos muito ativos na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão."
"Sabemos que vários atentados são preparados ali, para ser cometidos não só no Afeganistão, mas também em outros países. Algumas vezes, esses itinerários vão até o Cáucaso", disse o chanceler.
Lavrov não mencionou a rede terrorista da al- Qaeda, mas disse que as suicidas têm ligações com militantes na fronteira afegã-paquistanesa, onde militantes da al-Qaeda e combatentes do Talibã estão presentes.
Mais cedo, o presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, prometeu "achar e destruir" os responsáveis pelos ataques. "Eles são simplesmente animais", disse Medvedev, depois de colocar flores na plataforma em uma das estações de metrô atacadas.
Brasileira em Moscou
A carioca Ana Tereza de Andrade, 34 anos, passa diariamente pela estação Park Kultury, um dos alvos dos dois atentados que deixaram ao menos 38 mortos e mais de 60 feridos no metrô de Moscou nesta segunda-feira (29).
No país há apenas nove meses, ela foi alertada por amigos para evitar a estação, atingida por uma explosão suicida por volta das 8h36 (no horário local). “Uma das estações que eu passo para ir para o trabalho é a Parque Kultury. Hoje, fui de bonde. Mas mesmo nos trechos do metrô liberados, estava bem vazio. As pessoas preferiram outros transportes. Há um clima ainda bastante tenso na cidade”, disse ao G1.
Professora de português e literatura brasileira na Universidade Estatal de Moscou, a brasileira disse que a estação, que fica na linha circular do metrô, é uma das mais movimentadas por servir de ponto de baldeação para as outras linhas.
Segundo Ana Tereza, este foi o primeiro atentado de que teve notícia desde que chegou ao país e muitos colegas da universidade a aconselharam a não sair de casa. “Felizmente, não conheço ninguém que tenha ficado ferido.”
Confira o video a baixo:
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